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O Brasil, segundo dados da Confederação Nacional da Agricultura, é o quarto maior exportador mundial de produtos agropecuários. Em 2021 o montante dessas exportações atingiu aproximadamente USD 120, 6 bilhões (Portal gov.br), atrás apenas da União Europeia, EUA e China.

Entre os produtos com melhor desempenho, ainda em 2020, destacaram-se:

Esse resultado se deve a algumas características que diferenciam o agronegócio brasileiro do de outros países

De acordo com levantamentos do birô de pesquisas Economist Intelligence Unit e da consultoria PWC Brasil, nosso agribusiness possui as seguintes vantagens comparativas:

– clima favorável que permite duas ou mais colheitas por ano;
– disponibilidade de grandes extensões de terra cultivável de baixo preço, ou seja, 50 milhões de hectares cultivados para mais de 400 milhões de hectares disponíveis;
– abundante suprimento de água (perto de três vezes a disponibilidade de água fresca dos EUA);
– grande variedade de solos e climas que estimulam a diversificação da produção; e
– capacidade de empreender e domínio do know how de produção tanto primária como agroindustrial.

Tais vantagens deverão ser ampliadas com o trabalho de pesquisa agropecuária em andamento (leia-se Embrapa) e os investimentos que vem acontecendo na área de infraestrutura, especialmente nos modais de transporte (rodovias, ferrovias, hidrovias), armazenagem, irrigação, sistemas portuários e meios de comunicação.

Dentre esses investimentos sobressaem-se os direcionados para a região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e para os portos e ferrovias via privatizações e concessões, bem como os previstos pela implantação das redes de comunicação sem fio padrão 5G.

Claudio Luiz Eckhard, autor de Pricing no Agribusiness: preços, custos e margens.